O amor é uma droga: entorpecente e viciante. Amar causa euforia, reduz o discernimento e a lógica, deixa qualquer um doidão. Torna a pessoa capaz de atos espantosos, impensáveis até mesmo para seus amigos mais próximos. Tudo fica bom, tudo fica feliz, tudo está certo. Se correspondido, a droga tem eficácia máxima.
The more i give to you, the more i die.
And i want you.
Basta estar próximo da pessoa amada. Afaste-se dela e a crise de abstinência é certa: insônia e angústia, por exemplo. Casos mais crônicos levam à paranóia e perda de auto-confiança, e muitas vezes à agressividade.
A dependência não é apenas psicológica, é também química. O gosto. O cheiro. O toque. Dezenas de estímulos ativam a rede neural relacionada ao prazer e até mesmo à felicidade. E tudo pode acabar como uma bad trip com a partida da pessoa amada, restando apenas o desejo.
Without you everything just falls apart.
O amor é a fonte de todas as soluções e de todos os problemas, e saber o que fazer com ele deve ser a coisa mais difícil que um ser humano pode ter que encarar.
The arrow go straight through my heart
My soul it’s so afraid to realize
How very little there is left of me
Gostar de alguém não devia ser tão fácil. Deixar de gostar não devia ser tão difícil. Mas é assim que funciona. Como um vício sem cura.
A droga perfeita.