Eu, na minha ingenuidade, não esperava ver um movimento tão forte de substituição de artistas por ferramentas de AI. Ainda acredito que são recursos fantásticos que agilizam demais a vida: tarefas chatas como recortar um personagem ou preencher um fundo incompleto ficaram bem mais simples. Mas ver artistas e escritores serem efetivamente demitidos e trocados por essas ferramentas é algo que eu não queria acreditar. Estamos indo para um futuro onde arte, música e literatura estão sendo automatizados, deixando os humanos livres para trabalhos bossais, virando batedores de carimbo.
Há pelo menos um consolo: AI depende de conteúdo produzido por outros para funcionar. Vai chegar um ponto onde a AI vai se alimentar de arte produzida por AI, regurgitando conteúdo a ponto de só existir lixo em cima de lixo, incompreensível e inservível, quebrando o ciclo e todas as empresas de AI junto. Some a isso às novas ferramentas de envenenamento dos modelos de dados, protegendo as obras de serem absorvidas pelos modelos, e talvez esse momento esteja mais próximo do que pensamos.
Mas claro, isso também pode ser mais um pensamento ingênuo.