…sua cara metade saber que perdeu o marido para a Zelda pelas próximas semanas e perguntar curiosa como foi e o que está rolando.

…sua cara metade saber que perdeu o marido para a Zelda pelas próximas semanas e perguntar curiosa como foi e o que está rolando.
Se seu computador é um Surface, um tablet Windows ou um notebook conversível, daqueles que dobra e vira tablet, então você conhece o problema: precisar copiar ou colar, ou apertar esc, ou usar qualquer outro atalho, e ter que desdobrar o notebook ou catar o teclado para apertar as teclas. Era um problema que quase me fez comprar um minitecladinho da XP-Pen só para configurar com atalhos que eu mais uso, o que não ia resolver muita coisa porque ia continuar dependendo de um teclado, e é uma peça a mais para perder por aí.
Ainda bem que existem outras pessoas por aí com o mesmo dilema que eu e que sabem programar, porque achei no GitHub um programa gratuito que resolve exatamente esse problema: TabletFriend. Ele põe uma barra de atalhos configurável na sua tela, para todos aqueles atalhos essenciais.
Você pode deixar ela flutuando, ou anexar em algum canto da tela. A minha está ali à esquerda, com as teclas e atalhos que mais uso no Photoshop, e tem sido uma mão na roda. E tem mais, dá para configurar perfis com atalhos e até aparência completamente diferentes para cada aplicativo. Só vai dar um trabalhinho… Porque apesar de ser intuitivo no uso, ela não é intuitiva na configuração já que você precisa editar um arquivo YAML para colocar todas as funções que precisa. Não é difícil nem exige programação, mas exige leitura do arquivo de exemplo, que é bem claro e didático, para entender como montar a ferramenta. Se ler for um obstáculo intransponível, primeiro, só lamento, e segundo, por quê você chegou aqui mesmo? É uma curiosidade minha.
Outro detalhe é que ela não tem configuração para multimonitores. Sua barra aparece sempre em apenas um deles, a tela marcada como principal pelo Windows. Eu não vejo problema, mas isso pode ser algo a considerar.
No mais, é de grátis e funciona muito bem. Usar o fotoxope sem ter que desdobrar a tela toda vez que preciso copiar alguma coisa deixou meu 360 bem mais utilizável.
O Macbook Pro M1 que uso para trabalhar é mó legal e tem uma bateria de duração absurda, mas para todo o resto em eu prefiro o Galaxy Book2 360 da Samsung. É como ter um Cintiq portátil, ou um tablet de 13 polegadas que roda Windows e Fotoxope, e a caneta dele é perfeita para desenhar. Só sinto falta de uma textura na tela, desenhar direto no vidro ainda deixa os traços tremidos. Haja treino.
E a tela touch dele me deixou mal acostumado, cansei de meter o dedão na tela do Mac tentando dar zoom…
Uma das coisas que mais me impressiona com a Apple de hoje é a capacidade dela de pegar designs utilizados há décadas, aplicar conceitos novos de forma e estética, e produzir um resultado tão lindo no visual quanto merda no uso.
O Magic Mouse é o melhor exemplo da síntese desse conceito: pegar uma ferramenta testada e refinada por centenas de empresas e milhões de usuários por literalmente décadas, aplicar os conceitos sapatênis de inovação e design, e produzir uma bosta inacreditavelmente ruim de usar e linda de se ver. É um mouse que não se contenta em ser um ferramenta, mas uma manifestação clara do egocentrismo Apple: essa peça de tecnologia exige que você se lembre dele sempre, a todo o momento, em vez de simplesmente desaparecer como a extensão do braço que deveria ser.
Onde eu começo?
BATERIA
Deixa eu tirar da frente a crítica mais óbvia, a forma de carregamento do mouse. Se a bateria acabar você precisa virar o mouse e deixar ele feito uma barata morta em cima da mesa para conectar o cabo na parte de baixo:
Acabou a bateria? Perdeu o mouse até ele carregar. Ah, é só botar uma bateria nova? Nope, o mouse é selado. Alguns dizem que ele é assim para ter um design perfeitamente integrado (assim como o meu Pebble da Logitech que deixa eu trocar a bateria quando precisa).
“Ain, mas deixa ele parado uns minutinhos que ele carrega rápido, 5 minutos te dá meia hora de bateria!” Amigo, passa por isso quando você estiver no meio de uma entrega, com aqueles prazos idiotas onde o cliente precisa da arte pra ontem, e a praga do mouse fica apitando que precisa de carga a cada meia hora.
PESO
O Magic Mouse é pesado, mais pesado do que qualquer outro mouse que já usei na vida, sejam eles mouses caros ou baratinhos de 5 reais. Deve ser para dar aquela impressão de Premium, porque teoricamente pesado = melhor porque tem mais coisa dentro dele. No fim só é desconfortável, e tenho sentido uma tendência a ter mais tendinite com ele do que com o Pebble, que é bem mais leve.
RESISTÊNCIA
O Magic Mouse é feito por duas placas: uma de acrílico que arranha se você olhar diferente pra ela, e uma de aluminio dobrado. É bom você ser extremamente cuidadoso, porque qualquer queda amassa o alumínio, e se amassar na frente adivinha: você não consegue mais clicar. Há um espaço entre o acrílico e o alumínio para permitir esse movimento e uma dobra ali trava o botão. Para consertar você precisa tirar a tampa de acrílico do mouse (com MUITO cuidado para não quebrar os clipes de plástico que prendem ela no lugar, não arrancar o cabo do touchpad nem deformar a base de alumínio fininho) e dobrar o alumínio amassado pra fora, remoldando a peça para o que ela mais ou menos era, para liberar o botão, e aceitar que ele vai ficar marcado no processo.
A P@##@ DO TOUCHPAD
Mas a pior coisa, a que mais me tira do sério, a que quase me fez jogar o mouse na parede, é o fato da superfície dele toda ser um touchpad. Ou seja, você não pode simplesmente descansar a mão sobre o mouse, ela tem que ficar em uma posição de “garra”, segurando a parte metálica com a ponta do polegar e anelar, deixando o indicador e médio flutuando. Pensa na canseira que é isso depois de uma sessão de trabalho.
E eu já disse que a superfície dele toda é um touchpad? Pois é, a superfície dele toda é um touchpad. E um touchpad com a sensibilidade travada em 11, sem possibilidade de configurar. Aí qualquer toque, mesmo um esbarrão de leve, pode resultar num comando. Imagina a minha felicidade quando eu clico no tamanho de uma fonte no Illustrator, digito 12, e levo o cursor para outro lugar, e sem querer o dedo trisca de leve no touchpad, e a fonte que era 12 sobe para 20 porque a porcaria do mouse entendeu que eu arrastei a superfície como quem gira a rodinha do scroll do mouse, e lá vou voltar pra caixa pra corrigir o tamanho. Agora imagina isso acontecendo várias vezes durante o dia, em qualquer situação. Aperto command para selecionar mensagens no Outlook e BAM! a visualização da mensagem vai num zoom de 10%. Seguro command para abrir um link em outra aba BAM! zoom de 300% na página. Seleciono vários arquivos no Finder BAM! o ícone ficou do tamanho da janela.
Quem acha isso normal não está bem da cabeça.
CONCLUINDO
Já fui macmaníaco, mas por um motivo: a Apple se importava com seus usuários. Meu iBook, que antes de virar nome de aplicativo de leitura de livros era o nome de um notebook, tinha teclado e bateria removíveis e fazer manutenção era ridículo de fácil. O iMac era um pouco mais trabalhoso, mas não era impossível, e o mouse tinha uma trackball que era bem legal de usar. Até o iPhone era simples de manter, sem aquele terror de gastar uma grana caso ele quebrasse, e as formas de interação faziam sentido.
Hoje? Os executivos daquela empresa estão tão cheirados da própria arrogância que lançam qualquer merda dizendo que “revolucionaram”, tornando a vida do usuário pior a cada produto. Estragaram o software com bugs e interfaces mal pensadas, quem somados ao hardware “inovador” tornam a experiência geral cada vez mais insuportável. Continuando assim a Apple volta ao que era nos anos 90, uma linha incompreensível de produtos com uma interface horrorosa. A diferença é que eles agora estão montados na grana e podem manter essa palhaçada por um longo tempo…
Já escrevi sobre as imagens geradas por inteligência artificial, mas vale falar de novo. E dessa vez, direto para os artistas.
A real é o seguinte: AI tá aí. Ponto. Não importam seus sentimentos. Não interessa o quanto você estudou e se dedicou. Nesse momento, se você é artista por hobby sua vida não muda em absolutamente nada e você pode continuar desenhando e pintando como sempre fez. Agora, se a sua vida literalmente depende disso, de pagar o aluguel e botar comida na mesa, você tem duas opções:
É isso. Principalmente se você não é um artista já estabelecido e reconhecido, com sua legião de seguidores fiéis. Vai doer de um jeito ou de outro. Você, que estava confortável com o Photoshop e com sua coleção de pincéis, vai ter que começar do zero para aprender a usar uma nova ferramenta, ou correr o risco de perder espaço por defender um purismo besta, perdendo clientes por não conseguir acompanhar mais os que entraram no jogo. Do mesmo jeito que a pintura digital mudou os paradigmas de criação, as imagens geradas por AI estão começando a mudar o mercado de arte. Você pode aproveitar que a onda ainda está crescendo e começar a surfar em cima dela, antes de todo mundo. Ou você pode morrer pelo caminho.
Eu sei que você gastou horas e mais horas aprendendo a desenhar, eu também fiz isso. Mas o mundo não se importa, só você.
O certificado do site venceu e esqueci de renovar, doh. Pensa no minienfarto que foi quando abri e vi tudo quebrado, achei que tinha sido algum outro plugin que deu pau.
Fui instalar um plugin para publicar também no tumblr e conseguir implodir não só o blog como também todos os sites auxiliares que ficam no meu domínio. Vai mexer com quem tá quieto… Ainda bem que deu pra recuperar. Vou postar automático só no Mastodon mesmo porque funcionou bonitinho e não explodiu nada, e tá bom demais.
E claro, preciso dar um jeito de fazer um backup disso tudo aqui. Se eu perder as postagens vou ficar de mau humor pelo menos metade do ano.
Se tudo der certo, esse post vai tanto para o Mastodon quanto o tumblr. Aproveitei para criar uma categoria nova para agrupar tudo que é água que eu soltar por aqui, nem sempre dá para agrupar certinho dentro de um tema.
Revendo os arquivos do meu antigo blog eu notei que o twitter acabou virando o lugar principal das postagens, tomando o lugar daquela vontade que eu tinha de escrever por aqui. E hoje eu entendi o que aconteceu.
O twitter era prático, e não dava margem para gastar muito tempo pensando. Eram 140 caracteres e só, então a pressão de escrever o mínimo possível sempre rolava. No blog eu colocava o que dava na telha, sem me preocupar com o tamanho do texto: podia ser uma frase ou uma resenha inteira de um álbum do Flaming Lips. Isso tornava mais fácil entrar num fluxo de produção constante, onde o importante era só escrever sem me importar se alguém ia ler ou não. Só queria despejar o que estava construindo dentro da minha cabeça.
E isso me leva a outra questão do twitter, que o fato de ser uma rede social. Interações virtuais viciam, é muito legal ver pontinhos subindo ou ver que alguém gostou do que você escreveu, e querendo ou não você acaba perseguindo essa pontuação virtual – que acaba, de certo modo, virando um parâmetro para você julgar a qualidade do que você escreveu. Para quem escreve por hobby é um inferno, se sentir mal porque algo que você pesquisou e escreveu com paixão não ganhou um likezinho sequer.
Por isso, sair do twitter tem sido como um sopro de ar fresco. Posso voltar a escrever sem culpa, sem me preocupar se alguém vai ler ou não, e sem as restrições de espaço que me forçavam a abandonar tudo no meio de uma ideia. E vai, às vezes é bom simplesmente falar sozinho também.
Agora o cuidado é evitar uma recaída. Entrei no Mastodon, e ainda tenho conta no Instagram (apesar de não usar tanto esse último), e para evitar o risco de me acomodar com formatos reduzidos instalei um plugin por aqui que manda as postagens daqui também para o Mastodon. Assim continuo a escrever o que eu quiser, e mato a vontade de participar nessas redes sociais que brigam pela atenção se me comprometer muito com elas. Devo fazer a mesma coisa com o tumblr, eu gostava das ferramentas de escrita e gestão de site de lá.
Vamos ver no que dá.