Há dois meses resolvi cancelar minha conta da Adobe para viver apenas com os softwares da Affinity, e quer saber? Devia ter feito isso há muito tempo. Pagar um pacote inteiro para ter um editor raster e um vetor em vez de ter apenas os dois softwares em separado é uma coisa que sempre me incomodou.
Mas o problema não é só esse. Reclamei que coisas como o Acrobat ocupam um espaço irracional para visualizar e editar PDFs, sendo maior que o Photoshop e o Illustrator. Afinal, se espaço é barato hoje em dia para quê otimizar, não é mesmo? Vamos usar o que dá. Esse comportamento folgado também serviu de motivação para cancelar a assinatura, afinal tenho coisas muito mais importantes para instalar no meu parco SSD do que um leitor de PDF.
Assim, desinstalei tudo e baixei o software de limpeza da própria Adobe, achando que isso limparia minha máquina de qualquer resquício da Creative Cloud. Reiniciei, apaguei as pastas de sobraram dentro do Arquivos de Programas, e tudo certo! Nope.
Dois meses depois resolvi testar o TreeSize Free para ver as pastas que mais ocupavam espaço no disco. Eis que eu vejo isso:
Seis gigas de Adobe? Não, seis gigas de cache para programas da Adobe. Você está de brincadeira com a minha cara. Apertei Delete e fui revirar o HD por mais lixo perdido por aí. Encontrei mais duas pastas, uma oculta na raiz e outra dentro de Arquivos de Programas > Commom Files, e ainda achei mais 2 Gigas de arquivos de instalação de drivers da NVidia.
E não só isso, uma das pastas da Adobe se recusava a ser apagada. Abri o gerenciador de tarefas e o que eu encontro? Dois serviços da Adobe instalados:
Quer dizer que dois meses depois de ter cancelado minha assinatura e apagado os programas eu ainda tinha um assistente de verificação de licença instalado e rodando na cara dura? Mesmo depois de ter rodado a ferramenta de “limpeza” deles?
Fica assim a lição Toon de hoje: 10Gb recuperados, antes tomados por arquivos completamente inúteis, e a certeza de nunca confiar nessas ferramentas de limpeza e desinstalação.